Diante de ti
Sou como a fonte humilde
Em busca do rio maravilhoso!...
Para encontrar-te, filho meu, sofri
tanto...
No longo percurso de minhas águas
pobres,
Vi abismos que me represaram a
corrente,
Vi monstros que se debruçaram sobre
mim...
Vi nuvens que escondiam os céus
A se desfazerem nos temporais
Que me criaram de lama e areia...
Vi o deserto a engolir-me as
entranhas,
Vi o lodo terrível, na passagem pelos
charcos,
Perseguindo-me os sonhos...
Mas, de todas as aflições
Evadi-me, apressada,
Cantando a melodia
Das saudades de ti...
Nunca pude parar
Porque eu sentia
O perfume de tuas águas límpidas e
profundas
Nas pulsações sublimes
Do coração da própria Terra!...
Agora que te encontro,
Ó alma de minh’alma,
Dá-me refúgio em ti.
Deixa que a minha saudade
Seja plenitude e alegria em teu céu!
Não me abandones mais...
Conduze-me para Deus
Como o rio grande e belo
Transporta a fonte humilde
Para o seio do mar...
(Espírito Maria Celeste pelo
médium Waldo Vieira, editora FEB, 2ª ed. 1966)
Comentários
Postar um comentário