Religiosidade e Evolução

 Meus amigos, o Senhor nos abençoe!

 O Sentimento religioso nasce, insofismavelmente, da própria identificação da criatura nos albores de nosso processo de evolução no planeta.

Desde o culto da pedra, do fogo, das árvores e de determinados animais, passando pela mitificação de homens e mulheres no tempo, o sentimento religioso nos assinala o próprio desenvolvimento sentimental, marcando, passo a passo, entre reverência e temor, os sucessivos ciclos de nosso despertar no mundo, pelas vias dinâmicas e justas da reencarnação.

Em aspectos institucionais, vamos encontrar o esforço de homens e mulheres, sob a inspiração do Mundo Espiritual, em boa ou suspeita sintonia com aquele Além, nas codificações de símbolos e signos, o que passou a ser, teologicamente, as balizas das religiões que enxameiam a nossa História Humana.

Indiscutivelmente, todo esse esforço que enfeixa a nossa multimilenária cultura que se mescla de práticas de adoração externa e de impregnações místicas, perfaz, no momento em que a promessa de Jesus Cristo se cumpre, com a chegada e divulgação do Consolador, a marca de ciclos distintos, pois, se em matéria de preparação mental do povo, segundo as regiões e raças em que viveram, as religiões funcionaram por “domínio político de contenção e de unificação idealística” dos envolvidos, nesta hora, após dois milênios da epopeia do Evangelho, a Ciência do Infinito, elaborada por Allan Kardec, liberta as almas e as consciências dos jugos de natureza mais humana no que se refere a “interpretação” de Deus, como de suas Leis.

Entende-se, portanto, que o sentimento religioso assinalado em todo o processo evolucional dos tempos já vencidos em nossa Terra, alcança um patamar de pureza e de sensatez como a Humanidade ainda não experimentara, mesmo porque, ao tempo de Jesus e sua missão redentora do mundo, os seguidores pensaram e sentiram a excelsa revelação, então registrada em parábolas – essas gemas sublimes detentoras dos princípios imortais da Vida abundante –, sem que eles pudessem abarcá-la integralmente.

Religiosidade, assim, é o fenômeno imprescritível e inarredável de nossa comunhão com o Divino, em feição identificadora do poder essencial do Pai e a consequente conversão de nosso coração a tão perfeito Amor de sabor eterno.

Saudemos, dessarte, a chave que o Espiritismo representa na atualidade, abrindo a nova era de compreensão da Boa Nova, não mais entre cânones e códigos relativos, impostos por religiões humanas, todavia, por dentro da alma, entre vibrações inextricáveis de fé ardente e convicções sábias!

 

Honório Onofre de Abreu

 (Mensagem psicografada pelo médium Wagner G Paixão durante reunião pública do Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG, na noite de 27 de maio de 2024) 

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