Desde o culto da pedra, do fogo,
das árvores e de determinados animais, passando pela mitificação de homens e
mulheres no tempo, o sentimento religioso nos assinala o próprio
desenvolvimento sentimental, marcando, passo a passo, entre reverência e temor,
os sucessivos ciclos de nosso despertar no mundo, pelas vias dinâmicas e justas
da reencarnação.
Em aspectos institucionais, vamos
encontrar o esforço de homens e mulheres, sob a inspiração do Mundo Espiritual,
em boa ou suspeita sintonia com aquele Além, nas codificações de símbolos e
signos, o que passou a ser, teologicamente, as balizas das religiões que
enxameiam a nossa História Humana.
Indiscutivelmente, todo esse
esforço que enfeixa a nossa multimilenária cultura que se mescla de práticas de
adoração externa e de impregnações místicas, perfaz, no momento em que a
promessa de Jesus Cristo se cumpre, com a chegada e divulgação do Consolador, a
marca de ciclos distintos, pois, se em matéria de preparação mental do povo,
segundo as regiões e raças em que viveram, as religiões funcionaram por
“domínio político de contenção e de unificação idealística” dos envolvidos,
nesta hora, após dois milênios da epopeia do Evangelho, a Ciência do Infinito,
elaborada por Allan Kardec, liberta as almas e as consciências dos jugos de
natureza mais humana no que se refere a “interpretação” de Deus, como de suas
Leis.
Entende-se, portanto, que o
sentimento religioso assinalado em todo o processo evolucional dos tempos já
vencidos em nossa Terra, alcança um patamar de pureza e de sensatez como a
Humanidade ainda não experimentara, mesmo porque, ao tempo de Jesus e sua
missão redentora do mundo, os seguidores pensaram e sentiram a excelsa
revelação, então registrada em parábolas – essas gemas sublimes detentoras dos
princípios imortais da Vida abundante –, sem que eles pudessem abarcá-la
integralmente.
Religiosidade, assim, é o
fenômeno imprescritível e inarredável de nossa comunhão com o Divino, em feição
identificadora do poder essencial do Pai e a consequente conversão de nosso
coração a tão perfeito Amor de sabor eterno.
Saudemos, dessarte, a chave que o
Espiritismo representa na atualidade, abrindo a nova era de compreensão da Boa
Nova, não mais entre cânones e códigos relativos, impostos por religiões
humanas, todavia, por dentro da alma, entre vibrações inextricáveis de fé
ardente e convicções sábias!
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